Tuesday, June 14, 2011

Um ato de amor

Fonte:
http://www.cressmt.org.br/noticias.jsp?id=721
Quando vejo casos como de Casey Anthony, eu me revolto até o último fio do meu cabelo (e olha que eu tenho muito), eu fico me perguntando porque essa pessoa não deu a filha para adoção, uma vez que, ela não queria cuidar da filha. Eu não me importo com as alegações do advogado dela, a verdade por trás desse crime é que ela não queria a responsabilidade de cuidar, amar e educar uma criança. Ela não é a única, ela não está sozinha neste caso, aqui nos EUA, no Brasil e em tantos outros países milhares de crianças indefesas são vítimas de abuso, maus tratos e assassinatos hediondos.
Eu e meu marido estavamos conversando sobre esse caso outro dia, e eu sugeri a adoção, meu marido por já ter trabalhado na vara de infância e juventude fala que a criança deve ser dada ao parente mais próximo. Mas, no meu ponto de vista a criança tinha que ser dada para adoção e pronto. Eu também disse ao meu marido que americano tem uma visão distorcida da adoção. Embora tenha muitos casais que adotaram ou tem planos de adoção nesse país.
Eu sou adotada, eu sei toda a minha história. Minha mãe sempre foi honesta comigo, desde que eu tenho 4 anos de idade.
Eu nunca quis conhecer minha mãe biológica, nunca tive vontade de saber sobre ela, ou como ela é, ou como está. Eu fui criada por uma família que sempre me amou, eu nunca passei por situações em que meus pais me fizessem sentir abaixo dos meus irmãos biológicos, a verdade é que eu fui até muito mais mimada do que os demais por conta de ser caçula, muito mais nova que os outros (minha irmã que vem antes de mim é 15 anos mais velha do que eu, e eu tenho um sobrinho que é 10 meses mais velho do que eu). Minha educação foi a mesma que a dos meus irmãos. No auge da minha rebeldia adolescente o comportamento dos meus pais foi o mesmo como com meus irmãos.
Quando vejo esses casos hediondos contra bebês e crianças eu me revolto e fico me perguntando porque essa criança não foi dada a alguém que iria amá-la, educá-la e prepara-la para o mundo.
E para todos aqueles que veem a adoção como algo ruim, eu deixo aqui alguns casos:
Eu: adotada, feliz, bem resolvida!
Uma das minhas melhores amigas: Adotada, feliz e bem resolvida!
Meu ex-marido: Adotado, feliz e muito bem resolvido com sua adoção!
Outras pessoas que conheço que são adotados: felizes e muito bem resolvidos.
Não nós não fazemos parte de um clube ou uma fundação, simplesmente nos conhecemos em escola, igreja, trabalho...
Algumas pessoas citam casos frustrados de adoção, casos em que crianças não se adaptaram a família, casos que chegam a envolver crimes, e tantas outros acontecimentos negativos. Mas, não podemos esquecer que em famílias onde não há adoções há crimes, frustração e tantos outros casos negativos. Então não podemos medir os casos de adoção nessa perspectiva. Uma criança adotada, na minha opinião de filha adotiva, deve ser tão amada e desejada como um filho biológico.
Nós precisamos proteger as crianças.
Minha última pergunta:
No caso Casey Anthony uma coisa não está clara para mim, se a menina estava desaparecida por 30 dias como é que a avó, o irmão e o pai de Casey Anthony não fizeram uma queixa na polícia?

2 comments:

  1. Oi Pipa!
    Eu posso estar meio desatualizada (não sei) mais não sei qual é esse caso não! De qualquer forma, concordo plenamento contigo, para adotar quem que ter muito amor, e ser criado como se fosse um filho mesmo, sem diferenciações! Minha mãe só teve meninas e é doida para adotar um menino! Nos aqui em casa ficamos super empolgadas! A adoção já én um processo difícil e doloroso para muitas crianças que só querem ser amadas e tratadas com muito respeito, carinho e amor!
    Adorei o post!!!

    Beijooo
    =**

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  2. Pipa, eu nao acompanho muito o caso citado. Mas em qualquer circunstancia, eu fico ainda muito chocada com historias como filhos que matam pais e vice-versa. Nao vejo e nem acompanho mais esse tipo de noticia pq ja me dei conta que isso mexe com minha vibe, entende? Ate hoje penso no caso dos Nardoni no Brasil. Fiquei maluca com aquilo e a midia sensacionalizou ate o cabelo do uc.
    Sobre adocao, acho suas palavras muito positivas porque voce nao generaliza as situacoes. Ainda existe muito preconceito em torno desse assunto, talvez pelo conservadorismo que ainda existe sociedade. Eu sempre, (desde que me entendo por gente) que sou super aberta a adocao porque compartilho da ideia de que carga genetica nao determina quem ess apessoa sera mas a maneira que voce educa e lida com a situacao da adocao. Eu, por exemplo, em muitos aspectos conto mais com meus amigos do que com muitos parentes. Nao porque sejam pessoas ruins, mas por questoes de afinidades e de ponto de vista. Eu preciso apreciar meu irmao so porque ele e' meu irmao, so pq tem o meu sangue? Dai vem a sociedade com seus regrinhas esteriotipadas e diz que voce tem que tratar aquele que e' de seu sangue assim e assado. Nao! Eu trato como ser humano e respeito que seja parte de minha familia mas nao dissimulo o que nao sinto. O mesmo pensamento para adocao. O que determina que alguem pode ser pai/filho e' a relacao e a historia que os dois irao escrever. Ponto. Agora, existe o fator querer ter filho biologico sem nao ter nada contra adocao. Para mim, ambas situacoes sao opcionais, tanto querer ter filho biologico (qdo se e' possivel) quanto adotar. Ja viu qtas MENINAS sao abondanadas na China? PQP. Mentalidade do caralho dessa sociedade.
    Abracao.

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