Fonte: http://www.orkugifs.com/procurar.php?recado=gentileza%20passe%20adiante&b=1 |
Assim como nem todo paulistano é frio ou não tem senso de gentileza, nem todo americano é gentil e educado.
Moro em um bairro cercado de escolas infantis, parques e campos de baseball, softball e futebol. 5 minutos caminhando tem uma elementary school, no final da rua outra, 4 quarteirões pra frente o freshman center e junior high school, e os campos de football e baseball dos Pirates (go Pirates!), isso significa que tem sempre criança brincando pela redondeza. Diante de tudo isso eu sempre observo o limite de velocidade, não apenas por ser politicamente correta, mas, pelo fato de que criança é imprevisível, já vi muita criança por aqui atravessando a rua sem prestar atenção principalmente quando estão andando de bicicleta, patins ou skate. Como minha mãe sempre disse: previnir é melhor do que remediar!
1o episódio: Estou voltando para casa numa avenida que além de ficar na área residencial tem duas escolas muito próximas uma da outra, o limite de velocidade é de 25mph (40kmph), semaforo passa para o verde e eu dirijo até alcançar o limite de 25mph, vejo um engraçadinho colado no meu carro, nem me abalo porque os caipiras daqui tem essa mania, acelero um pouquinho e o sujeito gruda na traseira do meu carro, olho pelo retrovisor e o cidadão começa a fazer gestos indicando que eu deva acelerar, nessa hora eu já me aborreci e desacelero, estava a 30, passo para 25 e de 25 para 20mph, passo pela placa que indica a velocidade e aponto para mostrar a ele a velocidade correta. Aumento o volume do rádio que está tocando minha música preferida e dirijo a 25mph... Passo pela rotatória e viro a direita e o sujeitinho faz a mesma coisa, alguns metros adiante eu estaciono na entrada da minha garagem e o Zé bonitinho entra no estacionamento da igreja ao lado da minha casa, olho para ele e reconheço: lider da tropa de escoteiros da cidade... Pera lá não são os escoteiros observadores da lei, disciplinados, gentis e sempre pensam no bem alheio? E a gentileza fica onde? O bom exemplo?
2o episódio: Estou eu dirigindo pela mesma avenida citada acima em torno das 5:30 da tarde de uma sexta feira e obviamente a criançada tá lá pedalando suas bicletas, quando estou me aproximando da rotatória vejo uma garotinha atravessar a avenida de bicleta e ao olhar para o lado esquerdo vejo o pai da menina também de bicicleta esperando pelo filho que vinha logo atrás pedalando, como tem um sinal de preferencia e obviamente é preciso reduzir a velocidade para observar se não vem nenhum carro eu parei e buzinei para chamar a atenção da família ciclista indicando que eles podiam atravessar. Como a essa hora a avenida é mais movimentada e não tem semáforo naquele ponto por conta das rotatorias, o rapaz espera um carro passar no sentido oposto ao meu e só então cruza a faixa de pedestre com o filho, enquanto eu o espero eu olho pelo retrovisor e qual não é a minha surpresa que a mulher que está no carro atrás do meu e começa a se chacoalhar toda fazendo gestos para que eu passe logo e não espere pelas pessoas que precisam atravessar a rua. Não dou a minima, depois que eles atravessam eu entro a direita e deixo ela lá com o chacoalhamento dela.
Depois disso eu me pergunto: e a gentileza fica onde mesmo?
Claro eu não sou nenhum exemplo, aprendi com o meu pai que o melhor a se fazer a outras pessoas é o mesmo que eu gostaria que fizessem comigo. Não sou perfeita não estou pregando isso aqui, eu erro como todo mundo. Mas, o minimo de gentileza e educação é necessário, né?!
Aqui tanto quanto no Brasil existem pessoas educadas, mal educadas, gentis, grosseiras, etc.
Algo que meu marido sempre fala, principalmente pelo fato dele ser policial, é que muitas pessoas aqui não obedecem a lei por que querem, elas obedecem a lei por medo, sim, por medo porque a punição aqui é mais severa.
É mito dizer que americano é super educado e muito gentil. Assim como nem todo paulistano é frio ou não tem senso de gentileza (puxando a sardinha risos).
Encerro com o clichê: todo lugar tem seu lado bom e ruim, independente de sua posição geográfica, seu idioma ou sua cultura.
Afff que eu ficaria nervosa com isso! Por aqui as pessoas são super educadas no trânsito, de verdade. Dão passagem para o outro. O único problema é a falta de atenção (celular...) que impede as pessoas de usarem as setas, mas aqui a galera é super educada mesmo.
ReplyDeleteConcordo totalmente e é uma das coisas que vivo repetindo quando brasileiro baba ovo começa a falar que tudo nos EUA é perfeito, todo americano honesto e bla bla bla. Cê acredita que hoje me aconteceu exatamente o mesmo que você descreveu no primeiro exemplo? Eu vinha por uma avenida bem movimentada, entrando numa rua cujo limite de velocidade era bem inferior e um cara numa pic-up atrás de mim colou na minha traseira fazendo pressão pra eu mudar de faixa. De raiva não mudei. Motoristas são muito folgados aqui em MI e de raiva eu ferro com eles pra vê-los espumar atrás de mim. hahaha
ReplyDelete@Lorna Você é sortuda! Aqui a folga corre solta...
ReplyDelete@Eli, menina eu faço o mesmo, se colar na minha traseira daí que eu dirijo devagar mesmo só pra pirraçar.
Acho que uns dos maiores mitos que os brasileiros têm de estrangeiros é que o povo do lado de cá e dos outros ares são tão educados que saíram direto de uma escola de etiqueta, o que não é verdade.
ReplyDeleteTb já ouvi muito que branco é racista aqui no Sul,mas tb eu vejo o comportamento dos afro-americanos,e é uma vergonha pq nem o inglês eles falam direto, tem o próprio dialeto da língua deles que ninguém entende, o tal do ebonics.Além do que são super mal educados, andam pelos cantos gritando uns com os outros, vc nunca sabem se estão pra se pegar ou simplesmente conversando.
Fazer o quê cidadão?
Gisley, vamos esclarecer alguns termos aqui: Afro-Americano? Nunca ouvi ninguém falar Euro-Branco Americano. Meu marido por exemplo é birracial, nascido na Alemanha, tem dupla cidadania, meu sogro é negro norte americano, minha sogra é alemã, filha de italiana e alemão. Que denominação eu daria a ele?
ReplyDeleteEngraçado é ouvir pessoas brancas aqui se dizerem somente American, mas, seu antepassados vieram de algum lugar da Europa e eu não ouço eles dizerem que são german-american, swedish-american, french-american, etc.
Uma outra coisa é o ebonics, nem um pouco diferente da maneira como os brancos sulistas falam que o povo do norte tem uma dificuldade enorme pra entender o que eles falam.
No Brasil isso não nem um pouco diferente, põe um gaucho pra conversar com um belenense para ver se eles se entendem. Todo idioma que foi levado a um diferente lugar onde ocorreu uma colonização em massa composta por pessoas de diferente origem sofreu suas alterações. A língua portuguesa brasileira é muito diferente da língua portuguesa falada em Portugal, devido a influência que sofremos primeiramente de índios, depois dos africanos, franceses, ialianos, espanhóis e assim por diante.
E só para constar ao menos no Missouri eu ouço muitos brancos dando o maior vexame nos lugares falando alto, gritando com as crianças, falando alto no celular. Racismo isso tem em qualquer lugar, alias o Brasil é sim racista, mas, mascaradamente.
Brasileiro também fala muito alto. Eu tinha que pedir pra minha irmã falar baixo a toda hora. Conheço brasileiros de tudo quanto é parte do Brasil e de diferentes "classes sociais" e convivi com muita gente que estudou em colégios caros e faculdades de nome e renome que não tinha o maior pingo de etiqueta, falava alto, usava girias, etc isso não é características de uma raça e sim de uma cultura em si.
Pipa, adorei esse post. Acredito que quando quando as pessoas falam que Americanos sao educados é no sentido de falar "obrigado" , "com licença", "desculpe". Mas mesmo assim, também acho que é generalizar (pois eu falo todas essas palavras e já tive várias americanas me olharem feio e nao responder nada, tipo se eu to com o carrinho de mercado parado na frente delas, eu peço desculpas por ter deixado no caminho, elas olham como se fossem me matar e nao falam nada. Fico puta!!! Outras já falam "oh, no, it's ok!". Entao tem sim, Americanos educados como Americanos NEM UM POUCO EDUCADOS, haha.
ReplyDeleteQuanto ao assunto do trânsito... olha horrível. Em todos os lugares que eu já morei eu já vi muito Americano afobado no trânsito atrás de mim, colado na minha "bunda" pra passar. Um coisa que eu odeiooooo é gente colada na minha bunda, tanto quando eu ando a pé e tem gente atrás e mim mas nao me passa, quanto quando eu to dirigindo e o povo quer que eu corra acima do limite. Se eu estou na esquerda eu vou pra direita e deixo eles passarem, mas se eu estou numa rua de uma faixa só, ou na direita e tem alguém me apressando eu DIMINUO a velocidade abaixo do limite, e ainda dou risada pelo retrosivor pro bonito de trás ver, isso quando eu nao BRECO de repente, pra eles acrodarem, adoro fazer isso (um dia vao acabar batendo na traseira do meu carro haha), meu pai como o seu sempre me ensinou a colocar na situaça das outras pessoas, a fazer com elas apenas aquilo que eu gostaria que fizessem comigo, assim como o seu, entao sempre tive uma noção de justiça (ser justa, nem sei mais como fala). Entao quando tem um fila de carros na minha frente e ninguém deixa o cara vindo da direita entrar, eu dou espaço e faço sinal pra ele entrar na minha frente (quem tiver atrás que espere), só vejo gente querendo passar, ninguem abre espaço pra ninguem entrar... acho isso um absurdo. Ou quando uma rua de duas faixas se torna uma, e todo mundo quer entrar e ninguem deixa ninguem da outra faixa entrar. Ai me irrita demais. Mas olha, overall, eu ainda prefiro o transito daqui do que o transito de Sao Paulo haha. Aqui pelo menos eles ficam com raiva e "se chacoalham" em Sao Paulo capaz do cara sair do carro e meter uma bala na nossa cabeça.
@Nani, Essa do por favor, obrigado, desculpe é a mais pura verdade, nossa quantas vezes já falei oi para a pessoa do caixa e a pessoa nem olhou na minha cara... Eu sempre me atento para não deixar carrinho impedindo a passagem das pessoas, ou me desculpo e o cidadão nem olha na sua cara... Outro dia eu estava pegando algo na pratileira veio uma senhora e bateu o carrinho na minha perna e nem disse nada, ela fez isso só pq queria algo no mesmo lugar, menina olhei pra ela bem feio e não sai do lugar ela teve q se contorcer toda pra pegar o que queria, ah fala sério... Mas, em compensação eu estava lá na seção de frutas e um senhor na scooter não conseguia alcançar o que queria daí eu me ofereci e depois que coloquei os itens no carrinho dele ele disse obrigado e mandou beijos com a mão, foi muito fofo, ainda tenho esperança na humanidade rsrsrs.
ReplyDeleteTambém deixo as pessoas entrarem na faixa, meu marido as vezes diz que sou meio Madre Teresa... Nem ligo acho que gentileza é bom e todo mundo gosta. Como dizia o profeta Gentileza (uma figura ícone no Rio) "Gentileza gera Gentileza". O povo tá vivendo muito no olho por olho e dente por dente, vão tudo acabar cego e desdentado... rsrsrs
Nem me fala, a diferença do transito de SP é sem comentário. Como você disse é melhor alguém tendo um chilique no carro do que alguém vindo pra cima de você pra te dar uns tiros ou te bater...
Eu fiquei muito assustada com isso aqui no Texas tambem, ja nao bastasse o medo de estar aprendendo a dirigir, ainda tinha alguem atras fazendo sinais de 'anda tartaruga'. No comeco eu achava compreensivel ja que eu estou pegando minha driver license e a tendencia quando se esta aprendendo eh reduzir a velocidade mas depois algumas pessoas que dirigem ha anos aqui e em outros estados me relataram situacoes semelhantes a que voce citou. Um atropelando o outro literalmente, nao importa o que sinais e codigos indiquem.
ReplyDeleteA questao da generalizacao foi bem citada. Todo extremo nos cega, nos fazendo perder parte do todo. Eh o mesmo que dizer e acreditar que todo caipira eh grosseirao, que o namorado que esqueceu a data do seu aniversario eh um cara frio e que baiano so ouve Axe. Em todas essas questoes, pode existir uma estatistica que direciona o fato mais para um lado do que para outro o que nao quer dizer que todos tenham que ser incluidos. Outra coisa eh pensar nos porques. Ja ouvi alguns baianos dizendo que paulistano eh frio como voce introduziu no post e, paulistanos afirmando que baianos sao calorosos. Esses sao somente nomes que descrevem talvez um comportamento em algumas situacoes. Talvez o frio e o caloroso definam um pouco a diferenca do modo de vida do baiano e do paulistano, mais especificamente da realidade das grandes capitais em relacao ao mercado de trabalho, disparidades entre os dois estados. Se o paulista vive num condominio onde nao conhece o vizinho que vive ha anos, nao quer dizer que seja ele uma pessoa fria, nao fala do medo alastrado pelos grandes centros, nao fala porque foi engolido pelas horas da corporacao que trabalha, nao fala porque eh antisocial ou porque nao vai com a cara do vizinho, sei la. O mesmo vale para o baiano. Em ambos casos, o contrario tambem pode ser pensado. Afinal, ha os que trabalhem no ritmo efervecente de SP e ainda consiga fazer amizade no metro, cumprimentar o vizinho e aquele que vive numa realidade diferente e tambem nao conhece o vizinho ao lado. Enfim, ser extremista sempre nos faz perder a parte do todo. O cara que encheu teu saco talvez nao estivesse num bom dia ou... eh um fora da lei mesmo. rs